BRASIL:ENSINO NOTA ZERO

MAIS DE UM MILHÃO EM PROTESTO CONTRA CORTE DE VERBAS
BOLSONARO CHAMA ESTUDANTES DE "IDIOTAS ÚTEIS" 
CAPES BLOQUEOU MAIS DE 3700 BOLSAS DE PESQUISAS 
UNIVERSIDADES EM TODO O MUNDO CRITICAM DECISÃO QUE AMEAÇA CORTAR VERBAS DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS 
O BRASIL TEM MAIS DE TREZE MILHÕES DE ANALFABETOS
GOVERNANTES  PREFEREM FANFARRONICES 
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro em entrevista nos Estados Unidos, para onde viajou, chama os estudantes grevistas de "Idiotas úteis" os protestos em todo o Brasil estão reunindo  mais de um milhão de estudantes de todos os níveis que aderiram à greve dia 15 de maio em todo o país contra os cortes drásticos que ameaçam a já precária educação, depois dos primeiros dias do novo governo.  O ministro Waintraub da Educação teve uma atuação tumultuada na Câmara do Deputados e perdeu o controle da situação e ameaçou mais cortes no ensino público, o que pode agravar ainda mais a crise. Centenas de universidades em todo o planeta, inclusive Harvard, Sorbonne entre outras,  criticam o governo brasileiro pelo corte abusivo nas universidades federais.
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Mesmo assim o presidente do CAPES bloqueou mais de 3.700 bolsas de pesquisas muitas delas em andamento e sem nenhum aviso prévio. Para piorar disse que se for necessário vai cortar ainda mais. O ensino no Brasil que já estava mal pode ficar muito pior. As escolas e universidades estão caindo aos pedaços e mesmo assim o governo vai cortar verbas e intensificar o combate não ao analfabetismo mas a um comunismo imaginário, onde segundo os teóricos da "Nova Era" Nova York é uma cidade comunista assim como os donos da Burger King e até o ex-presidente Fernando Henrique são perigosos subversivos. O descaso do atual ministro, que não é um especialista em educação, põe a mostra a pouca importância que a "Nova Era" dá a um ensino de qualidade. O dinheiro das federais iria, segundo o ministro, para a construção de creches.  O novo ministro Waintraub, um economista,  ameaça cortar verbas em mais de 30% das já combalidas universidades federais e de escolas federais, como o Pedro II que já foi uma unidade de excelência no ensino e agora corre o risco de fechar.  A demissão do ministro colombiano que ditava os rumos da educação no país depois de três meses desastrosos não vai resolver o problema estrutural de mais de 13 milhões de analfabetos e mais uma legião de pessoas semi analfabetas. A nomeação do economista Abraham Waintraub traz perspectivas sombrias para a educação no Brasil porque até agora nada de concreto para melhorar o ensino foi feito.
 Desde o ano de 2015 que imensa crise atormentava milhares de estudantes em todo o país. Veio 2016 e tudo que era ruim conseguiu piorar. Os dois anos da "Era Temer" foram desastrosos e se alguém tinha alguma esperança no governo atual, renovado na eleição de 2018 pode desistir. Com o ministro Velez Rodriguez um colombiano extremamente preconceituoso que segue à risca a pretensa filosofia do guru Olavo de Carvalho, horizontes sombrios se avizinham onde a violência desmedida vai predominar. A tônica é criticar um fictício "Kit Gay" e a mamadeira esdrúxula em vez de olhar de frente a fuga dos pesquisadores por falta de verbas oficiais. O slogan "Brasil Pátria Educadora" foi apenas uma peça de retórica, um discurso vazio que soa mais como tragédia do que como farsa.
Há pouco tempo atrás por falta de pagamento duas bibliotecas foram fechadas a da Avenida Presidente Vargas e Niterói, e as bibliotecas da Rocinha e Manguinhos devem fechar em breve.A Universidade Estadual do Rio de Janeiro-UERJ fecha suas portas para mais de 23 mil estudantes, além de 2.500 professores deixando alunos em total abandono.
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O reitor Ricardo Vieiralves decretava há meses atrás  fechamento da universidade estadual,  no mínimo em uma semana, por falta de condições sanitárias. O diretor da Associação de Empresas que prestam serviços, José Alencar tenta convencer o governador Pezão a pagar pelo menos parte da dívida com fornecedores que já passa, segundo ele, dos R$90 milhões que foram declarados pelo governo.  O que causa espécie é a súbita decadência do Estado do Rio de Janeiro em um governo em total inadimplência. O governador Luiz Fernando Pezão declarou que o dinheiro para pagamento de funcionários está nas últimas e culpa a excessiva rigidez no processo que apura desvios de dinheiro na Petrobras. O escândalo do Petrolão tem atingido os cofres combalidos do estado que dependia diretamente dos royalties do petróleo na camada do pré-sal. Enquanto o ensino universitário vai afundando rapidamente sem nenhuma perspectiva a vista, o partido que domina a política do Rio de Janeiro fica reunido com um só pensamento: Salvar a candidatura Pedro Paulo. O secretário todo poderoso e amigo de fé e irmão camarada do mesmo grupo Cabral/Pezão/Paes com total beneplácito de Dilma é o virtual candidato à sucessão de Eduardo Paes embora seja tido como "espancador de mulher", em face das denúncias a que foi submetido. Para Pezão são apenas fofocas. Vale lembrar que por uma ironia do destino o tema do ENEM foi "Persistência da Violência Contra a Mulher na Sociedade Brasileira".

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