A LEGALIZAÇÃO DO JOGO É DEFENDIDA POR MINISTROS E PARLAMENTARES

OS JOGOS DEVEM OU NÃO SER LEGALIZADOS? 
PROJETO NO SENADO O PLS 186/2014 PEDE A LEGALIZAÇÃO
MAGNATAS DONOS DE CASSINOS TEM SE REUNIDO EM BRASÍLIA
MORTES EM SÉRIE NA DISPUTA DAS MÁQUINAS CAÇA NÍQUEIS
" Há oitenta anos que o jogo do bicho foi proibido e não acabou. Pelo contrário cresceu, é inevitável a legalização. O jogo vai continuar, não existe hipótese de não haver jogo"
                        João Carlos Bacelar, deputado federal 
Continua a polêmica sobre a legalização dos jogos, que há oitenta anos é considerado contravenção penal. Membros do governo federal como o ministro da Economia  Paulo Guedes, Ciro Nogueira da Casa Civil e parlamentares como o deputado João Carlos Bacelar tentam a legalização,  O PLS 186/2014 do Senado Federal de autoria do senador Ciro Nogueira pede a legalização de todos os jogos, inclusive o mais popular o Jogo do Bicho. Atualmente encontra-se na Câmara do Deputados com um série de emendas em discussão. O deputado Bacelar que preside  a Comissão de Turismo vai apresentar relatório em novembro.
Donos de cassinos de vários países têm ido à Brasília para propor parceria na exploração dos cassinos, caso o jogo venha a ser legalizado. O multimilionário Sheldon Adelson dono de um império em LasVegas vai se encontrar com o presidente Temer que é simpático à ideia de legalizar que poderia render alguns bilhões para reforçar as finanças. Sheldon também tem agendado encontro com o prefeito Marcelo Crivella para propor parcerias. A polêmica em torno da legalização ou não dos jogos de azar continua, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves quando na pasta do Turismo do Governo Temer Alves foi favorável à legalização de todos os jogos, inclusive o jogo do bicho. O problema é quem vai controlar e a qual ministério (e ministro) vai fazer o controle da jogatina. A população não confia na maior parte dos "notáveis de Brasília" e acredita nos banqueiros de jogo do bicho em que "vale o escrito".
 No entanto nem sempre tem existido uma convivência pacífica entre os donos da contravenção, uma série de execuções tem acontecido em toda a cidade na disputa pelo controle de máquinas caça níqueis introduzidas no Rio de Janeiro pela Máfia Corsa, nos anos oitenta. Na manhã de terça 17/05/2015 grupo de bandidos encapuzados ligados às milícias executaram o sargento PM Geraldo Antônio Pereira e feriram três pessoas que estavam em sua companhia, inclusive o ex-policial Hélio Machado, homem de confiança do ex-chefe de policia Álvaro Lins afastado da policia por envolvimento com a criminalidade. O caso citado foi um dos muitos atentados e execuções ligados aos jogos clandestinos.
As máquinas, jogo do bicho e jogos diversos são proibidos em todo país desde a década de 60, no governo Eurico Dutra. No país onde quase todo mundo faz uma "fezinha", os jogos são proibidos, passiveis de prisão não só para os que bancam, mas também para os apostadores, a Câmara de Deputados em Brasília discute a permissão para a volta de algumas modalidades de jogos e o final do prende-solta a que muitos são submetidos. Em 1985 a serviço da Isto É participei de uma série de reportagens sobre a legalização dos jogos. Já haviam vários locais preparados para se tornarem centros de apostas e mesmo cassinos, até uma ilha estaria sendo preparada na época pelo banqueiro de bicho Raul Capitão e seu filho, que dominavam vários pontos de apostas e jogos no centro da cidade. l.
Os jogos clandestinos faturam milhões
Havia um bar na Gomes Freire/Centro, que era um ponto de encontro entre policiais, contraventores e jornalistas, uma rede de relacionamentos em perfeita harmonia. Muitas informações eram obtidas em conversas animadas por goles de cerveja. Nas sextas feiras o "Paulistinha" era uma festa, principalmente em tempo de Carnaval.  Trinta anos depois o debate continua, e os jogos continuam clandestinos, mas as casas lotéricas vivem com imensas filas. Para um grande número de parlamentares os jogos devem sair da clandestinidade e serem liberados. O Globo faz ampla reportagem sobre o tema e apurou que muitos são simpáticos à aprovação da liberalização de diversos jogos. Atualmente o governo explora várias espécies de jogos, e tem um enorme lucro, principalmente a Caixa Econômica através das lojas lotéricas. 
deputado João Bacelar (divulgação câmara)


A ligação entre o jogo do bicho e o carnaval é muito grande e uma tradição há muitos anos. A LIESA que reúne as principais escolas de samba, reunidas do Grupo de Elite tem em sua diretoria pessoas ligadas á contravenção. Capitão Guimarães, Luiz Pacheco Drummond e muitos outros já fizeram parte da diretoria e várias vezes agentes policiais fizeram apreensão de arquivos, computadores e documentos para provar irregularidades. O deputado João Carlos Bacelar é um dos maiores defensores da legalização dos jogos e acredita que seria uma grande oportunidade de tirar o país da crise econômica, agravada pela Pandemia do Covid-19.  O Instituto Jogo Legal-IJL em Brasília faz pressão junto aos deputados para a volta dos jogos. Para o IJL a legislação atual é ultrapassada, vem de 1941 com o decreto-lei 3688 da Lei das Contravenções Penais que proibiu o jogo do bicho, instituição centenária que fatura bilhões de reais por ano.

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