CRISE NA SAÚDE DE UM GOVERNO INCOMPETENTE

BILHÕES DA SAÚDE FORAM REPASSADOS PARA OUTRAS FINALIDADES
OITOCENTAS PESSOAS MORREM POR DIA POR FALTA DE ATENDIMENTO 
           " atendemos pacientes que estiverem à beira da morte"
                               Cartaz na porta do HGV
POR UMA QUESTÃO POLÍTICA MÉDICOS CUBANOS SÃO MANDADOS EMBORA
A Crise na Saúde é um tormento que vem de muitos anos, agravada pela Pandemia que desequilibrou de vez a frágil assistência médica gratuita para milhões de brasileiros. A incompetência de sucessivos ministros da Saúde resultou em uma mortandade em massa com a Pandemia. No Brasil oitocentas pessoas em média morrem por falta de atendimento nas UTI. Casos graves que necessitam de internação nas Unidades de Terapia Intensiva vem a óbito por falta de vagas nas unidades. Um verdadeiro crime por parte dos hospitais federais e estaduais segundo o MP.
O presidente Bolsonaro por uma questão meramente política deixou milhões de pessoas sem atendimento médico. O "Programa Mais Médicos" com mão de obra especializado de médicos cubanos foi uma atitude que deveria ser revista, a reposição de novos profissionais vai demorar mais de dois meses, provavelmente muitas pessoas poderão morrer por falta de assistência médica.
O Ministério Publico exige que mais de R$1 bilhão de reais sejam transferidos para o Fundo Estadual de Saúde conforme manda a lei. O Estado não cumpriu a obrigação de aplicar a quantia que corresponde a 12% do orçamento na área da saúde e tem a obrigação de repassar imediatamente.  A crise na saúde no Rio de Janeiro chegou ao fundo do poço. Faz lembrar o aviso na entrada do Inferno de Dante Alighieri: "Deixai toda esperança, oh vós que entrais". Com centenas (ou milhares) de pacientes morrendo por falta de atendimento o CREMERJ desde final do ano passado pediu que o então governador Luiz Pezão fosse responsabilizado e julgado e condenado por improbidade administrativa, ou quem sabe em um julgamento mais rígido por genocídio. Os vários processos estavam engavetados e agora serão analisados conforme decisão. O Instituto Estadual de Hematologia-HEMORIO  foi obrigado a fechar as portas e deve reabrir só na segunda, por falta de pagamento aos funcionários que estão há dois meses sem receber salário. A Secretaria Municipal de Saúde demitiu vários médicos sob alegação de "readequação funcional", um eufemismo que vem mostrar a irresponsabilidade dos governantes. Na prática o atendimento vai diminuir e pessoas com necessidade de serviços essenciais não vão ser atendidas. O governador Luiz Fernando Pezão passou mal e meses atrás esteve internado no Pró Cardíaco em Botafogo com febre alta sem ter ainda diagnóstico definitivo. O filho do prefeito Eduardo Paes foi atendido no Hospital Municipal Lourenço Jorge após uma queda. O prefeito à beira de um ataque de nervos, provavelmente com a crise que afeta todo o país em especial o Estado do Rio entrou em conflito com a equipe médica e segundo a radio Band FM disse que demitiria a médica de plantão. O Sindicato dos Médicos em nota criticou a arrogância de Paes e disse que vai processá-lo por assédio moral e abuso de autoridade.    Com as fortes chuvas que atingem o estado, os focos do mosquito se proliferam. Em visita ao município de Maricá, considerado um dos melhores em índice de qualidade de vida , o prefeito Washington desesperado com a destruição da cidade causada pelas fortes chuvas acusou o governador Pezão de "incompetente" e péssima administração. O Estado seria culpado da destruição por não ter realizado obras que poderiam evitar a inundação que destruiu vários bairros.  As vacina anti-tetânica e contra a raiva humana humana estão em falta e a própria secretaria de saúde reconhece o desabastecimento. O Ministério da Saúde diz friamente que é um "problema mundial". O Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, que já foi um excelente núcleo universitário, referência em residência médica fechou seu centro cirúrgico por falta de condições de higiene, devido às últimas chuvas. Funcionários fazem protesto e temem o fechamento de um centro hospitalar que já foi um centro de excelência.
O Sindicato dos Médicos vai processar o governador por crime de reponsabilidade, ele seria o culpado pela crise atual. Pacientes tem morrido por falta de atendimento. A municipalização do Hospital Rocha Faria para os médicos não vai resolver a crise, seria apenas uma tentativa de ganhar votos para a eleição de outubro. As emergências já atendem um  número ainda insuficiente, bem longe do ideal, muitas pessoas só buscam atendimento quando o estado de saúde  é desesperador. O novo secretário de saúde Luiz Antônio Teixeira ao invés de exigir mais verbas e aumentar os postos de atendimento prometeu fechar vários locais e "otimizar" os serviços.   No auge da crise insensível à calamidade que afeta milhões de pessoas no estado, o governador Luiz Fernando Pezão em vez de procurar fazer o possível e o impossível para evitar mortes ironiza: " A justiça pode mandar também um  carro forte com muito dinheiro", frase de um imenso mau gosto que vem demonstrar o imenso erro de eleitores que depositaram voto de confiança em uma pessoa totalmente incapaz para a responsabilidade do cargo. A péssima administração dos últimos governadores que gastaram tudo o que tinham, e o que não tinham, ao apostar em uma fonte inesgotável de riquezas que viriam dos royalties do petróleo é uma demonstração de como é feita a política em nosso país. Os supremos mandatários esqueceram que a fonte está quase seca.
O Rio de Janeiro enfrenta uma das piores crises no sistema de saúde. Diretor do CREMERJ Pablo Vasquez afirma "que o Rio vive a pior crise de saúde de sua história", e que a culpa é da não aplicação do SUS, e acusa os governos federal, estadual e municipal como culpados pelo não atendimento em casos de urgência. A crise do sistema de saúde no estado não é nova, e se arrasta há vários anos.
Para médicos residentes do Hospital Getúlio Vargas a culpa é das Organizações Sociais-OS que fazem péssima gestão. A juíza Angélica dos Santos diz que houve omissão do Estado ao aplicar recursos financeiros indevidamente e dá um prazo de 24 para que haja verba suficiente para solucionar a grave crise. O secretário estadual na época  Felipe Peixoto pediu demissão e que nunca teve verbas suficientes para poder trabalhar e diz que vai tratar integralmente de sua candidatura à prefeitura. A presidente Dilma Roussef que era esperada na cidade para solucionar a crise não veio, e se reuniu com ministros e governador do Rio por tele conferência. Foi então instalado um "gabinete de crise" chefiado pelo ministro da saúde Marcelo Castro, e o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes disse que iria  emprestar R$ 100 milhões para resolver o problema em dois hospitais, mas afirmou que não vai poder emprestar equipes médicas aos hospitais em estado crítico. Enquanto isso o número de pessoas infectadas pelo mosquito do Aedes Egipt aumenta em progressão geométrica transmitindo dengue, zika, microcefalia   em uma verdadeira calamidade pública vitimando milhares de pessoas. Até agora o número de infectados já passa de 60 mil pessoas.

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