CERCO AOS APOSENTADOS: A REFORMA VAI PREJUDICAR MILHÕES

GOVERNO QUER ACABAR COM DIREITOS ADQUIRIDOS 
DEPUTADOS APROVAM TEXTO BASE DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA 
 REFORMA: DEPUTADOS JÁ PODEM SE APOSENTAR COM R$ 33.763
PROTESTOS EM TODO O BRASIL CONTRA  REFORMAS
Em mais um golpe na já sofrida população o governo quer incluir na reforma o fim das deduções para tratamento de saúde, e como se não bastasse o ministro quer recriar uma nova CPMF, experiência que não deu certo e atingiu a todos. Os abusivos planos de saúde em que em alguns casos assalariados de idade avançada pagam mensalidades exorbitantes para poder sobreviver podem ficar fora das deduções de Imposto de Renda que deveria se chamar imposto sobre salários.
Por uma larga margem a segunda fase da reforma passou na Câmara, após muito convencimento na base de benesses e abertura dos cofres combalidos para farta distribuição. A votação definitiva deve ficar para agosto, mas pode se estender até setembro. A malfadada Reforma da Previdência não  foi votada em 2018, e ficou para  mandato presidencial em 2019. Ninguém sabe se  haverá número suficiente para aprovação, mas os "economistas" querem empurrar de qualquer maneira.
O ministro Paulo Guedes há meses atrás quando foi ao Congresso na CCJ ficou profundamente irritado e teve um intenso bate boca com diversos congressistas que criticaram sua posição. O ministro perdeu completamente o controle quando foi chamado de "Tchutchuca" pelo deputado Zeka Dirceu-PT e respondeu ao xingar a mãe e avó do deputado. Aí os trabalhos foram suspensos.  O presidente Bolsonaro declarou que "vai pegar pesado para aprovar a reforma".
A crise que resultou na demissão de Gustavo Bebiano pode causar muita confusão nas bases governistas e muita barganha vem por aí.  Os deputados, tão sacrificados, coitados já vão poder se aposentar com a ninharia de R$ 33,373,00 por mês. O presidente vai somar essa pequena quantia aos R$ 30 mil que recebe.
O governo Temer em fim de festa está mais firme do que nunca. Até o PSDB reconheceu que a "Democracia de Cooptação" que vem a ser exercido por todos que estão no poder é eficaz para se manter no poder, mas danosa para a população. Com a possibilidade cada vez mais distante do impeachment do presidente, deputados querem votar as reformas a toque de caixa, sem consulta à sociedade. Para juristas o Governo Temer acabou, está totalmente sem credibilidade após a série de denúncias que partem de todos os lados. Para o professor Modesto Carvalhosa Temer não tem mais condições de governabilidade por não ter mais nenhuma credibilidade depois das gravações que vieram à tona na conversa comprometedora com Joesley Batista.
Após ter conseguido uma vitória, de certa forma parcial, da Reforma Trabalhista governistas após uma série de jantares resolveram adiar a votação da Reforma da Previdência com medo de uma derrota. Temer vai tentar induzir deputados e senadores usando todas as formas de persuasão inclusive a mais eficiente, a compra de votos por meio da distribuição de cargos, benesses e talvez algum numerário, afinal os "nobres representantes do povo" não tem muita consistência ideológica e dizem ganhar muito mal. Os "representantes do povo" são como dizem no Nordeste "Bosta n' Água", ou seja ora ficam de um lado, ora ficam no lado oposto, conforme o cheiro do dinheiro.
Milhões de brasileiros protestam contra a malfadada Reforma da Previdência, ponto de honra da "Era Temer" e alguns partidos como o PSB começam a abandonar o presidente interino e seu pacote de maldades contra a população. Parlamentares sabem que não vão conseguir a sonhada reeleição se votarem medidas para aprovação  das reformas.  Michel Temer dá ordens para que 15 ministros deixem suas pastas para votar a favor da aprovação.  Enquanto isso ofereceu um lauto banquete para saciar a fome, não de justiça, mas para conseguir aprovar o malfadado pacote de mudanças na aposentadoria e já conseguiu com o apoio do Congresso o desmonte de direitos trabalhistas que foram conseguidos com muita luta.  Michel Temer e seu grupo de "notáveis" quer acelerar a Reforma da Previdência e ameaça cortar programas sociais como o Bolsa Família  se não for aprovada. Parece chantagem, e é.
Brasília vive cria clima de desconfiança,  deputados são ameaçados de punições severas se votarem a favor da população e foram orientados para empurrar de qualquer forma, pela calada noite a Reforma da Previdência. A reforma é ponto de honra do Governo Temer  que vai ser enfiada pela goela a dentro de milhões de trabalhadores aposentados que trabalharam anos e anos a fio, em condições na maioria das vezes desfavoráveis, sacrificando parte de suas vidas para encher a pança e os bolsos de seus patrões. Com um Congresso que só pensa em seus próprios interesses e no toma lá dá cá em nome de uma falsa politica de alianças, Temer vai "convencer" os mui nobres parlamentares a apoiar tudo que lhe foi sugerido e que vai ser mais um golpe na classe trabalhadora, mas vai beneficiar os marajás de Brasília e os banqueiros transnacionais.  O propalado Rombo da Previdência é de fato uma sucessão de irregularidades, desde  desvio de dinheiro para outras funções que não tem nada a ver com uma compensação por anos e anos de trabalho de sol a sol ou quem sabe em vez de Rombo melhor seria empregar outra palavra, aí o "Japonês da Federal" poderia intervir. O ataque, como sempre vai atingir de início os mais fracos, aposentados que no final da vida veem seus minguados salários irem murchando cada vez mais. Enquanto isso parlamentares e membros do judiciário não abrem mão de aumentos bem acima da inflação para cobrir seus gastos nababescos e seus jantares carnavalescos como um certo governador que dançava em Paris com guardanapo na cabeça, ao lado de empreiteiros bilionários, contribuiu para a falência de um estado e continua leve e solto sem ainda não ter sido julgado.
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Uma das clausulas é acabar com a paridade entre servidores em atividade e os inativos, não haveria mais o mesmo reajuste de salários. A elevação compulsória para 65 anos indistintamente, vai penalizar a todos, tendo como consequência atingir mulheres que tem dupla função, além da jornada de trabalho tem ainda a jornada caseira, visto que o número de creches é mínimo, embora os governos tenham obrigação de manter. Muitos brasileiros, principalmente entre as classes desfavorecidas trabalham desde muito cedo, desde a idade escolar para ajudar a renda familiar, em um país onde as taxas de desemprego são alarmantes.
O ministro Henrique Meirelles segue as normas dos agiotas do FMI para encobrir a verdadeira situação. O propalado "Rombo da Previdência" é uma grande falácia, um artificio analítico, uma hábil engenharia contábil para encobrir os bilhões de reais que ano após ano desaparecem dos cofres da previdência. A economista Denise Gentil desmonta a tese, para ela uma grande falácia,  ao invés de um déficit o que existe de fato é um excedente de recursos desviados para outras finalidades. Milhões descontam religiosamente mês após mês durante mais de 30 anos e não utilizam ou pouco utilizam os benefícios a que teriam direito. Fica uma pergunta: Para onde foi o dinheiro?.
A grande maioria de brasileiros não tem a mínima informação sobre a situação atual da Previdência Social e das consequências das modificações que já estão na mesa dos governantes à espera de uma penada que vai punir a muitos e satisfazer apenas a uma minoria, mas  que detém os destinos da nação. Tristes Trópicos.

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