FAROESTE CABOCLO

PARA RELEMBRAR UMA ELEIÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
NA VÉSPERA DA ELEIÇÃO JANAÍNA PASCOAL DIZ QUE RÚSSIA VAI ATACAR O BRASIL
EDUARDO PAES SOFREU ESTRONDOSA DERROTA
ELEITORES EM GRANDE NÚMERO NÃO COMPARECEM  OU ANULAM VOTOS TIROTEIO ÀS VÉSPERAS DA ELEIÇÃO, ENQUANTO ISSO A DESCRENÇA AUMENTA
Em uma ano para esquecer ou lembrar indefinidamente a eleição foi um marco de sandices, aliás como sempre tem acontecido na política tupiniquim. Advogada Janaina Pascoal afirmou em redes sociais, conforme publicado pelo Estado de São Paulo, que Vladimir Putin pretende invadir o Brasil. Nas redes sociais o comentário teve muita repercussão devido ao comportamento estranho da advogada no processo de impeachment de Dilma Roussef. Ela parecia uma atriz dramática ou que sabe de uma ópera bufa, tresloucada e descontrolada com esgares estranhos, assustando as crianças.
No primeiro turno, o prefeito do Rio Eduardo Paes sofreu estrondosa derrota nas urnas, ao tentar impor ao eleitorado seu protegido Pedro Paulo, um primor de arrogância que não conseguiu apagar a fama de espancador, embora tenha sido inocentado. Nem com todo apoio de Eduardo Paes, o candidato do PMDB não conseguiu chegar ao segundo  turno, o que poderá sepultar a candidatura de Paes à presidência da República.  Votos nulos e abstenções cresceram na eleição 2016, quase 25% foi o índice de abstenções no Rio de Janeiro. Na bela, desorganizada e muito suja (em muitos sentidos) cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro a eleição desperta sentimentos diversos. Para muitos impera a cultura do descrédito motivada pela decepção que "salvadores do povo" causaram aos que neles acreditavam. Para outros o desinteresse por acreditar que nada mudou, nem vai mudar e se mudar vai ser para pior, como no velho ditado "pior do que está é certo que vai ficar". Eleitores esperam, principalmente na nossa cidade que os eleitos deixem de frescura e passem a trabalhar em prol da sociedade, que obras sejam feitas não somente para agradar aos visitantes, mas principalmente para servir aos moradores da cidade, em especial os desfavorecidos que moram na periferia ou nas mais de 950 favelas do Rio de Janeiro.
Photo by Alcyr Cavalcanti all rights reserved
Mesmo assim, apesar da "Ficha Limpa" que ainda não funcionou e da proibição de certos grupos em financiamento de campanha e da proibição da "Caixa Dois" em certas áreas, a disputa em alguns lugares se resolve na bala. Até agora 15 candidatos foram mortos envolvendo disputa eleitoral e consequente domínio de território, controlados por grupos criminais e/ou para militares. Milicianos impõem regras e cobram pedágio para candidatos panfletarem em liberdade. A prática do clientelismo ainda impera em muitas partes, onde o descrédito faz com que passem a votar em qualquer um em troca de dentaduras, cinquenta reais cura da impotência (sic) e promessas de todo o tipo que nunca serão cumpridas. Temos o exemplo dos sucessivos programas de crescimento o PAC que só cumpriu uma pequena parte das promessas feitas. Apesar de tudo o PAC-2 foi instituído sem que algumas obras do PAC-1 fossem sequer iniciadas. Candidatos exóticos, sem noção do que é uma democracia estão aí e podem ser eleitos, o que ainda é pior. O processo eleitoral veio com muitos esforços e muito sangue derramado depois de vários anos de exceção, onde o voto democrático não existia.

Os cargos eletivos eram escolhidos à revelia da população. O município do Rio de Janeiro tem quase 4.900.000 eleitores aptos a escolher seus representantes, embora alguns não mereçam voto algum, não representam ninguém a não ser seus bolsos onde esperam rapinar o que resta em dinheiro de uma cidade que ainda teima em ser maravilhosa. Felizmente restam uns poucos abnegados que ainda poderão colocar de novo as coisas em seu devido lugar, apesar daqueles que só pensam em se arrumar e trair a confiança de seus eleitores. Ainda temos um pouco de esperança. Ainda, mas até quando?

Comentários

Postagens mais visitadas