RIO 50 GRAUS, EM PLENO OUTONO

                  "Vem chegando o Verão, um calor no coração
                    Essa magia colorida, são coisas da vida"
                                       Renato Rocketh, na voz de Marina

VERÃO EM MARÇO CHEGOU PRA VALER, SENSAÇÃO DE MAIS DE 50 GRAUS
PRAIAS LOTADAS PARA FUGIR DO VERÃO CARIOCA
A estação preferida dos cariocas começou seu ciclo às 11,59 no dia 20 de dezembro, para a chegada do verão previsto com muitas chuvas. O verão carioca chegou com força total  para aquele banho de mar que ainda é de graça. Vendedores ambulantes lotam as praias cariocas, depois de um isolamento quase infindável. Após alguns meses com chuvas intensas, o carioca esperava com ansiedade do verão escaldante. E chegou, no final de Fevereiro com temperaturas beirando os 40 graus e sensação térmica de mais de 50 graus.  
Há dois anos atrás com os quiosques a todo vapor às vésperas do Réveillon o Grupo Azur que tem um belo quiosque com petiscos deliciosos, na altura do Posto Onze no Leblon, resolveu expandir seu comércio e ocupa com uma estrutura metálica grande parte da areia, e assim os banhistas ficam espremidos uns contra os outros. É uma pena, porque o Quiosque Azur no calçadão tem uma boa cozinha e não deveria invadir nossa praia.
O Verão carioca que veio neste final de ano para bater todos os recordes de temperatura vai terminar oficialmente dia 20 de março, aí começa a estação das folhas secas, o outono. Celulares tem quase derretido e deixaram de funcionar debaixo do sol tipo Deserto do Saara, deixando pessoas incomunicáveis.  Os blocos, apesar da proibição do politicamente correto tomaram as ruas da cidade em uma alegria contagiante. Com termômetros chegando à casa de mais de 42 graus e sensação térmica de 50 graus o Verão passado  lotou as praias com águas cristalinas e cachoeiras na Floresta da Tijuca para refrescar o corpo e a alma, no final do ano da graça de 2016 e no inicio de um novo ano. A venda de ventiladores e de ar condicionado superaram as estimativas, apesar da crise em que se encontra mergulhado o Brasil, em especial o Estado do Rio de Janeiro pela irresponsabilidade de governos sucessivos do PMDB.  Praias ficaram superlotadas, desde o Leme até o Pontal, como na música eternizada por Tim Maia. Quem fez a festa em um ano de recessão foram os ambulantes de praia que venderam seus estoques, apesar dos preços altos.
Leblon foto Alcyr Cavalcanti all rights reserved
Cadeiras de praia que eram alugadas por R$5,00 passaram a R$ 8,00 ou R$10,00 conforme a praia e a cara do freguês. A bebida mais vendida foi o mate Leão em latão, a R$5,00 o copo. Vendedores trabalhavam protegidos da cabeça aos pés, com chapéus, blusas compridas e muito protetor solar para enfrentar o sol inclemente.  Como não podia deixar de acontecer para estragar a diversão preferida dos cariocas, bandos de jovens praticavam seu esporte favorito, que deve ser incluído nos "Jogos Abertos da Criminalidade", o arrastão, praticado em nas praias da Cidade Maravilhosa e nas ruas do Leblon como a Carlos Góes e Almirante Guilhem. Os jovens despossuídos  arrancavam tudo que viam pela frente, bolsas, pochetes, relógios  e cordões de ouro, o objeto preferencial que vai ser vendido prontamente nas inúmeras lojas espalhadas pela cidade. O efetivo policial dificilmente vai poder controlar a rapaziada enfurecida, que em vez de esfriar  a cabeça com um bom mergulho nas águas da Baia de Guanabara prefere conseguir "um troco" de banhistas distraídos. É o Verão, de um Rio 50 Graus.

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