PCC FATURA BILHÕES NA DISTRIBUIÇÃO DE DROGAS

atualizado em 08/09/2023
PCC DISTRIBUI DROGAS PARA ESTADOS UNIDOS E EUROPA
A "GUERRA CONTRA AS DROGAS" É UMA GUERRA SEM FIM, COM POUCOS  RESULTADOS, ONDE AS MAIORES VÍTIMAS SÃO PESSOAS INOCENTES
SENAD VAI FOCAR SUA AÇÃO NO DINHEIRO E BENS APREENDIDOS
O Primeiro Comando da Capital-PCC, formado em São Paulo nos anos 90, em pouco tempo se transformou em uma empresa transnacional ao estilo Máfia Italiana. De um pequeno grupo formado nas cadeias paulistas se transformou em uma verdadeira empresa que atua na distribuição de drogas para vários continentes. Seu líder é Marcos Herbas Camacho o Marcola,  em presídio de segurança máxima, afirma que a rede  criminal não tem um líder. Seus tentáculos se espalham não só em quase todo o Brasil, mas em boa parte da América Latina em alianças pontuais com outras redes criminais.
Uma "Guerra" sem fim onde bilhões de dólares são gastos, que não tem atingido seus objetivos e que atinge de preferência pessoas inocentes. A política de segurança adotada no Brasil, em especial no Rio de Janeiro é centrada no combate ao narcotráfico, onde os confrontos tem causado muitas vítimas de ambos os lados e muito poucos resultados. Muitas mortes, muitos feridos e o comércio de venda de drogas continua a prosperar. A SENAD Secretaria Nacional de Políticas Anti Drogas tem novo secretário, é Luiz Beggiora que vai concentrar sua ação no controle de bens e dinheiro apreendido do multimilionário comércio de venda de drogas. O tratamento de dependentes vai ficar a cargo do Ministério da Cidadania. O Brasil além de ser um grande consumidor passou a ser uma importante rota para exportação de maconha e cocaína para outros países, em especial para Europa. A cocaína ou "diabo ralado" é um destilado a partir da folha de coca, planta nativa de três países vizinhos, Colômbia, Peru e Bolívia que produzem em larga escala em zonas de plantio no altiplano dos Andes. A "hoja de coca" é usada de maneira ritual, tem propriedades curativas e possui 14 componentes, somente um deles é usado para a produção de cocaína. Os agricultores que trabalham no cultivo são organizados em sindicatos e conhecidos como "cocaleros".
Invasão de morros foto Alcyr Cavalcanti all rights reserved
A "Guerra contra as Drogas" teve seu início no governo Reagan e continua como política adotada em vários países, principalmente na Colômbia onde os Estados Unidos colocaram tropas e muito dinheiro, mesmo assim tanto o plantio quanto o consumo aumentaram significativamente. Atualmente os conflitos tem se generalizado para se ter o controle de um importante acesso para o escoamento da cocaína, a Rota do Solimões, que tem causado uma série de conflitos de sangue no Norte e Nordeste, em especial nos presídios, de onde partem as ordens dos grupos organizados chamados Comandos.
No Rio de Janeiro a situação ficou insustentável depois da entrada maciça do Primeiro Comando da Capital-PCC que fez uma aliança cooperativa com a rede criminal Amigos dos Amigos-ADA depois do rompimento com o Comando Vermelho-CV em função do controle da Rota do Solimões e do controle da fronteira com o Paraguai em Foz do Iguaçu. Os confrontos armados para a tomada de território foram intensificados em vários bairros devido à crise atual em que se encontra o Estado em situação de falência e a consequente falta de verbas para a segurança pública deixando a população civil em completo abandono.
Fernando Henrique na ABL (esquerda) foto Alcyr Cavalcanti all rights reserved
O problema das drogas tratado somente como uma guerra para eliminar o inimigo tem tido poucos resultados. A sociedade tem  começado a debater sobre a melhor maneira de resolver o problema com a redução de danos e sem vítimas fatais. Vários países tem tratado o problema do consumo de drogas ilícitas como um problema de saúde pública e não de policia. Em alguns países os índices de criminalidade tem tido significativa redução, e usuários em alguns casos são vistos como enfermos que necessitam de tratamento. A Academia Brasileira de Letras deu inicio a um ciclo de palestras sobre  o problema com o título "Segurança Pública em Debate" e a abertura foi feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que falou sobre "As Politicas de Drogas e a Crise Carcerária no Brasil".  O ciclo de palestras será encerrado em 25/04/2017 por Ricardo Ballestreri com o tema "O Modelo Policial Brasileiro. O Que Precisa Mudar?".

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