ESCOLAS FECHADAS POR CAUSA DA "GUERRA DO RIO"

CRIANÇAS DA MARÉ ESCREVEM CARTA PEDINDO PARA ACABAR COM OS TIROTEIOS DIÁRIOS QUE OBRIGAM ESCOLAS A FECHAR SUAS  PORTAS, MILHARES DE CRIANÇAS FICAM AO ABANDONO 
POLÍTICA DE SEGURANÇA NÃO TEM OBTIDO NENHUM SUCESSO
Crianças das favelas imploram para a polícia  cessar com  as invasões, que só tem causado mais vítimas e aterrorizado milhões de pessoas. O Rio de Janeiro vive uma situação insustentável com tiroteios diários em quase todos os bairros e favelas da cidade, milhares de crianças ficam ao abandono, escolas são obrigadas a fechar suas portas devido às constantes ameaças de balas perdidas que atingem principalmente quem nada tem a ver com a "Guerra do Rio". A atual política imposta pelo governador Witzel com o beneplácito de Bolsonaro é baseada no confronto no terror para abater o inimigo. Essa política só tem trazido mais violência com inocentes vitimados por tiroteios diários durante invasões sem planejamento.
A situação de terror se deve principalmente aos doze anos de governos irresponsáveis de políticos do PMDB com o beneplácito de Brasília em nome de uma falsa "democracia de coalisão" que no fundo era para proteger uma quadrilha de colarinho branco que tinha a "máquina de mão " e milhões de votos sob controle na tentativa de se perpetuar no poder. As promessas de campanha não foram cumpridas e o Estado do Rio de Janeiro está à beira da falência.  Um dos maiores fracassos do Governo Cabral e de seu amigo de fé e irmão camarada Pezão foi na política de segurança, que durante um breve período deu uma falsa impressão de tranquilidade para que os visitantes desde a época do Papa Francisco em 2013 aos Jogos Olímpicos de 2016 pudessem deixar seus dólares e euros para engordar os cofres e dar a parecer que a cidade fosse de fato maravilhosa.
foto Alcyr Cavalcanti all rights reserved

 Mas veio a dura e triste realidade e o sonho acabou, desmoronou qual um castelo de areia ao sabor das tempestades. O dinheiro acabou em todos os setores em consequência a criminalidade cresce em progressão geométrica.
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A política de segurança do Estado do Rio de Janeiro foi baseada em um único ponto, as Unidades de Policia Pacificadora-UPP criadas para estabelecer um cinturão cirúrgico segundo conceito das "Zonas Vermelhas" adaptado às favelas cariocas e à "Guerra Contra as Drogas" política baseada em conceito importado dos Estados Unidos criado durante o governo Reagan e aplicado a toda  América do Sul. No fundo é uma falsa guerra que não tem dado certo, o narcotráfico tem crescido de maneira vertiginosa em uma verdadeira globalização. A dificuldade após um aparente sucesso foi a impossibilidade de manter uma ocupação bélica imposta a uma imensa população que anteriormente era acuada pelos "donos do morro", alguns de forma assistencialista alguns pela exclusiva força das armas. Policiais alguns despreparados, e outros corrompidos pelas enormes quantidades de dinheiro obtido pela venda de drogas a varejo ficaram perdidos em regiões desconhecidas, na qual não se adaptaram. A propalada policia de proximidade não poderia dar certo quando existem diferenças enormes de conceito em que pessoas tem diferenças muito difíceis de serem superadas. Policiais de uma maneira geral percebem que estão em terreno inimigo em que o antagonista deve ser abatido a qualquer preço, afinal a policia militar age como uma máquina de combate e não é uma força de pacificação, muito pelo contrário, é preparada não para a convivência harmoniosa e sim para o confronto.
Veio o "Caso Amarildo" em 2013 e começaram à vir a tona os defeitos difíceis de serem superados. Torturas, corrupção, menosprezo pelos moradores e outros vícios tornaram a convivência cada vez mais difícil entre as tropas de ocupação e os moradores das localidades que no fundo querem mesmo é pode viver em paz e trabalhar. A entrada da rede criminal criada em São Paulo o Primeiro Comando da Capital-PCC em aliança com a facção Amigos dos Amigos-ADA teve como consequência aumentar em muito os confrontos pela tomada de territórios tornando a vida de milhões de pessoas  um inferno diário, onde vias de acesso são fechadas, caminhões de abastecimento são sequestrados, escolas são fechadas e o  comércio é obrigado a cerrar as portas.   Cada grupo passou a ver o outro como um inimigo a ser abatido e o sonho acabou, a UPP Social não saiu do papel, a pacificação não veio. Ficou somente o confronto, com mortes diárias de crianças, traficantes e policiais, é um salve-se quem puder, onde não existem vencedores nem vencidos todos saem derrotados.

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