INVASÃO DA ROCINHA

EXÉRCITO VOLTA, MAS  TIROTEIOS CONTINUAM A TRAZER O PÂNICO AOS MORADORES 
ROGÉRIO 157 EM PRESÍDIO DE SEGURANÇA CONDENADO A 32 ANOS DE CADEIA
POSTOS DE SAÚDE  FECHADOS E COMÉRCIO AMARGA ENORME PREJUÍZO
As Forças Armadas saíram após alguns dias de ocupação, mas com a saída a disputa por território voltou e moradores estão com muito medo de novos e mortais tiroteios. O Bope e Batalhão de Choque invadiram a favela em 26/07/2018 no início da manhã e houve intensa troca de tiros. No final da tarde homens do exército fizeram cerco nas entradas da Rocinha e vão permanecer por um tempo.
  O prefeito Marcelo Crivella que tem uma base eleitoral na Rocinha, depois de sete dias de mortes e muita destruição resolver ver como estão as coisas e propôs algumas soluções em forma de mais promessas: "dar um banho de loja na favela" e como complemento trocar algumas lâmpadas. No entanto a maioria dos moradores querem mesmo é poder andar a qualquer hora do dia e da noite em paz e tranquilidade, com ou sem o prometido banho de loja, com ou sem a troca de lâmpadas. Somente depois de cinco dias de intensos confrontos que deixou um rastro de sangue que o Ministro da defesa Raul Jungman e o Governador Luiz Fernando Pezão chegaram a um acordo para por um fim à "Guerra da Rocinha", uma disputa entre pontos de venda de drogas de uma mesma rede criminal. Antônio Bonfim Lopes o Nem atualmente em presídio de segurança máxima controlava o comércio da venda de drogas e tinha como seu gerente e homem de confiança Rogério Avelino o Rogério 157 . De um tempo para cá as desavenças começaram e chegaram ao auge em agosto desde ano de 2017 até ao rompimento. Rogério tinha várias casas, mas sua residência preferida era na Rua Dois, na parte alta da favela. Um 'bonde" de mais de setenta homens de várias favelas ligadas à rede criminal ADA invadiu a Rocinha para retomar os pontos e expulsar Rogério e seus "fiéis". Aí mais uma "Guerra da Rocinha" teve início;
entrada da Rua Dois foto Alcyr Cavalcanri all rights reserved
 Durante a madrugada de sexta para sábado houve intenso tiroteio na parte alta, Rua 02 e Laboriaux com ataque ao posto policial da Rua Dois. Os postos de saúde estão fechados, o que nunca teria acontecido segundo sua diretora Maria Helena que moradora da Rocinha há muitos anos tem reclamado da interrupção das atividades de saúde, principalmente em dia de Campanha de Vacinação. O comércio de um modo geral está com um enorme prejuízo que afeta inclusive sua parte não legalizada como o jogo do bicho e o comércio de venda de drogas a varejo. Moradores também tem reclamado das revistas indiscriminadas em residências à procura de drogas e armas e acreditam que seus mínimos direitos de cidadania tem sido desrespeitados em nome de uma falsa guerra.  
Blindados colocados em várias entradas de seus principais sub bairros ocupam as ruas da Rocinha e policiais militares fazem uma revista em quem entra e quem sai. O  narcotraficante Luiz Alberto o Bob um dos gerentes da Favela do Caju, que veio dar um "fortalecimento" ao bando de Antônio Bonfim Lopes o Nem foi preso com uma carga de nove fuzis de assalto, muita munição e muitas drogas.
foto Alcyr Cavalcanti all rights reserved

 Bandidos aliados de favelas do  Caju além de São Carlos e Vila Vintém vieram tentar retomar a Rocinha e seus pontos para o grupo de Nem. Atualmente as bocas de fumo estão sob controle de Rogério Avelino o Rogério 157 que rompeu com seu antigo chefe atualmente em segurança máxima. Muitos bandidos estão escondidos na Mata Atlântica. Uma das áreas de muito difícil acesso, muito íngreme é o Laboriaux onde no final tem uma mata muito densa e trilhas para vários bairros, mas também existe a possibilidade de estarem abrigados em alguma outra área ou mesmo já ter conseguido chegar a outros bairros através de inúmeras trilhas sendo usadas como rota de fuga.

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