EXECUÇÃO DE MARIELLE: IRMÃOS BRAZÃO E DELEGADO FORAM OS MANDANTES

atualizado em 25/03 2024
DOMINGOS E CHIQUINHO BRAZÃO E DELEGADO RIVALDO BARBOZA FORAM OS MANDANTES
 PM É O EXECUTOR DO ATENTADO QUE VITIMOU MARIELLE E ANDERSON 
DEPOIS DE SEIS  ANOS  SOLUÇÃO DEFINITIVA 
DEPUTADO E MILICIANO SÃO ACUSADOS DE PLANEJAR ASSASSINATO 
 Há seis anos que as autoridades não conseguiam chegar a uma solução definitiva do assassinato de Marielle e de seu motorista Anderson , saber quem foi o mandante e qual o motivo. A policia federal chegou aos prováveis mandantes do crime, um deputado federal Chiquinho Brandão, seu irmão Domingos Brazão do Tribunal de Contas do Estado e o ex-chefe de polícia, delegado Rivaldo Barboza. Os três já haviam sido acusados mas somente após seis anos e muitas idas e vindas chegaram a essa conclusão. O sargento reformado da PM Ronnie Lessa foi o atirador que vitimou a vereadora e seu motorista Anderson em um veículo pilotado pelo ex-PM Élcio Queiroz, que havia sido expulso da policia.  O sargento PM Ronnie foi preso em sua casa em um condomínio na avenida Lucio Costa na Barra da Tijuca, onde também tem residência o presidente Jair Bolsonaro.  Eles passaram o carnaval em um condomínio de luxo em Angra dos Reis e tinham densas ligações com a contravenção. Para ficar tudo claro e límpido é preciso saber quem pagou a empreitada e por qual motivos. 
 O secretário de Segurança general Richard Nunes declarou que a vereadora Marielle e seu motorista Anderson foram executados por milicianos por causa da grilagem de terras na Zona Oeste, dominada pelas milícias. O vereador Marcelo Siciliano-PHS foi chamado para depor por um provável envolvimento. O deputado Marcelo Freixo-PSOL foi ameaçado de morte por pessoas ligadas às milícias. 
 Desde muito tempo as declarações do miliciano Orlando Curicica que está em presídio de segurança acusando a Delegacia de Homicídios e seu titular Rivaldo Barbosa de encobrirem as investigações para acobertar os verdadeiro assassinos caíram como uma bomba. Após nove meses das execuções tudo ainda está na estaca zero. Tudo fica muito estranho em um estado sob intervenção armada, a cada dia que passa a desesperança de mais um caso não ser solucionado parece cada vez maior. Fica uma pergunta no ar: " Se não conseguem solucionar um caso como esse o que será de cada um de nós simples cidadãos?".É o retrato de um estado desgovernado. Todos protestam e a  Anistia Internacional através de sua representação no Brasil cobra explicações e pede uma investigação não comprometida. 
.A reconstituição do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista foi feita na noite de 10/05 após mais de cinquenta dias e ficou constatado que o atirador usou metralhadora Heckler e Koch-HK_MP5 de grande poder destrutivo. A reconstituição mobilizou um grande aparato de mais de 200 homens que interditaram várias ruas entre o Estácio e a Tijuca. Sacos plásticos pretos impediram a visão de curiosos e dificultou o trabalho da imprensa. O ministro Raul Jungmann declarou que a prisão dos culpados está próxima, é questão de poucos dias. 
foto Alcyr Cavalcanti all rights reserved

 A vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram executados na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, na Zona Central da cidade há um mês atrás em uma quarta feira às 21 horas. Ela havia saído de uma palestra na Casa das Pretas e seria homenageada na ALERJ onde iria proferir discurso entre as solenidades  para comemorar o Mês da Mulher. Após quase dois meses de muita especulação, com marchas e contramarchas e protestos não só no Brasil mas em vários países uma testemunha resolveu falar. Em depoimento uma pessoa ligada às milícias que já dominam uma parte considerável da cidade revelou que o deputado Marcello Siciliano (PHS) e um ex policial militar,que comanda um bando de milicianos  foram os mentores do crime. Eles contrataram pistoleiros para a execução após seguirem todos os passos da vereadora durante mais de dois meses. 
photo alcyr cavalcanti all rights reserved

Em função da demora nas investigações  durante uma inauguração na Favela de Manguinhos o governador Pezão foi muito vaiado e cobrado pela   apuração das causas do bárbaro assassinato.  Após mais de um mês da intervenção militar na área da segurança no Estado, em especial na cidade do Rio de Janeiro, o atentado soa como um claro desafio aos interventores. Marielle havia feito graduação na PUC e mestrado na Universidade Federal Fluminense, um grande feito para uma negra,  moradora da Favela da Maré. Foi eleita por expressiva votação pelo PSOL e exercia seu primeiro mandato. O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidos emitiu documento exigindo providências imediatas e considera a execução como uma ato de barbárie que necessita apuração rápida e punição exemplar para os culpados
Protesto contra execução foto Alcyr Cavalcanti uso proibido sem autorização
Uma série de atos de violência tem se espalhado por toda a cidade como uma clara provocação aos interventores na área da segurança. Notícias falsas (fakes) que se espalharam pela internet como a da desembargadora Marília Castro Neves  e de um deputado são totalmente irresponsáveis e merecem uma punição exemplar. A velha tática de criminalizar a vítima já foi usada muitas vezes e merece severo julgamento. Pessoas inconsequentes tem usado o velho e perigoso discurso da radicalização, como no caso acontecido no bar Bip Bip, em que seu dono ao homenagear com minuto de silêncio Marielle acabou sendo conduzido a uma delegacia, após uma discussão entre os frequentadores e um policial federal que ainda usou arma para intimidar as pessoas e ainda resistiu à voz de prisão dada por um oficial da PM. 
  Para muitos analistas da segurança e cientistas sociais a intervenção que para o presidente teria sido "Um Golpe de Mestre"foi feita de maneira imprudente, sem um estudo apurado em problema de  grande complexidade. Os  discursos do presidente Temer com seu gestual exótico e as declarações do Ministro Raul Jungmann no recém criado Ministério da Segurança não tem surtido o efeito necessário e tem colocado  não só o presidente, mas também seu auxiliar em total descrédito e soam como fanfarronices, palavras ao vento. O perigo real e imediato é colocar uma instituição como o Exército e também as Forças Armadas totalmente desacreditadas. Até os dias de hoje são das poucas instituições a ter grande credibilidade, perante a sofrida população brasileira. Se isto acontecer a cultura do descrédito vai prevalecer, infelizmente

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