NO DIA DO TRABALHADOR PROTESTOS EM VEZ DE FESTA

TRABALHADORES NÃO TEM NADA PARA COMEMORAR COM MINGUADOS R$ 954
CENTRAIS SINDICAIS UNIDAS CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA 
ANO PASSADO TEMER SAIU HOSTILIZADO E PROTEGIDO POR ESCUDO 
No Primeiro de Maio o Dia do Trabalhador os homenageados não tem o que comemorar. Já são quase 14 milhões de desempregados e mais de 20 milhões na informalidade e as esperanças se esgotaram com a "Nova Era" pregada pelo governo Bolsonaro onde a tônica é cortar salários. 
Na "Era Temer" os trabalhadores já não tinham nada para comemorar, o Primeiro de Maio não era um motivo de festa. O presidente foi hostilizado, quase foi agredido e teve de sair às pressas protegido pelos seguranças quando da visita ao prédio que desabou no centro de São Paulo. Com o salário mínimo de R$ 954,00 que continua minguado e cada vez mais distante da realidade, o único direito que sobrou para o trabalhador é protestar.  O tradicional pronunciamento que os chefes de nação fazem aos trabalhadores foi antecipado pelo atual presidente que fez um discurso em que destaca seus hipotéticos feitos, palavras vazias que talvez só ele e seu grupo palaciano acreditem.
As leis trabalhistas que seriam uma barreira de proteção estão sendo desfeitas aos poucos. A relação capital/trabalho continua cada vez mais conflituosa com o desmantelamento das centrais sindicais, seja pela cooptação, seja pelo desencanto em uma luta às vezes inglória. Com um Congresso quase todo preocupado em salvar a própria pele e preservar suas vantagens os que efetivamente trabalham ficam á mercê da própria sorte onde prevalece a velha "Lei de Muricy" onde cada um trata de si. A maior parte dos sindicatos abandonou seus filiados à própria sorte ao esquecer que eles foram construídos pelo suor e muito sangue daqueles que formaram seus alicerces. O país amarga a triste estatística de mais de 15 milhões de desempregados, um imenso "exército de reserva" à espera de um trabalho que talvez jamais venha a conseguir. Filas quilométricas ocupam quarteirões inteiros onde milhares tentam preencher duas a três vagas.  Enquanto isso o narcotráfico e a venda de mercadorias contrabandeadas ou furtadas arregimenta um número cada vez maior de ambulantes na luta pela sobrevivência.
O governo Temer acabou, está totalmente sem credibilidade qual um morto vivo se arrastando pelas sombras. Milhões de brasileiros repudiam as famigeradas reformas que para ele seriam o ponto de honra, mas que em realidade com sua "tropa de choque" fugindo em debandada mergulha o país em uma época de incerteza. Temer marca e desmarca viagens ao exterior onde é recebido com desconfiança. Todos sabem que ele continua um provisório em um mandato tampão. Ninguém sabe o que virá quando Maio acabar. A cultura do descrédito passa a ser dominante, afinal acreditar em que e em quem numa salada de dezenas de partidos com pouca ou nenhuma ideologia ?

foto Alcyr Cavalcanti all rights reserved


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