GOVERNO DO ESTADO PROIBIU PEÇA TEATRAL NA CASA FRANÇA BRASIL

POLÊMICA SOBRE PROIBIÇÃO CONTINUA NEVILLE VAI EM DEFESA DE CHEDIAK 
SECRETARIA DE CULTURA ESTADUAL PROÍBE PERFORMANCE 
"CENSURA NUNCA MAIS" FOI A TÔNICA DA PEÇA PROIBIDA
O coletivo Es Uma Maluca vai partir para suas performance nas ruas da cidade e da Baixada Fluminense. Acreditam que a má vontade das autoridades além do provável crescimento da censura estatal vai criar inevitáveis situações de conflito com o grupo. A polêmica vai continuar, o cineasta Neville D'Almeida em carta ao diretor da Casa França Brasil Jesus Chediak disse que não houve censura e sim quebra contratual, por terem sido apresentadas performances não especificadas no contrato, afirmou em defesa do diretor da Casa França Brasil.
 Na segunda feira dia 14/01  uma multidão se reuniu em frente à Casa França Brasil para assistir à performance do Grupo Es uma Maluca que havia sido proibida no domingo dia 13 de janeiro por ordens do governador Witzel, aos gritos de "Censura Nunca Mais". A Secretaria Estadual de Cultura cancelou a exposição com performance de "Literatura Exposta" na Casa França Brasil no Centro da Cidade. Estaria também incluída uma performance do grupo "Es uma Maluca"com críticas ao período militar dos anos 60, com mulher nua que interagiria com  a obra "A Voz do Ralo é a Voz de Deus". Na performance ao ar livre a mulher nua foi coberta com um vestido curto, mas um áudio com a voz do presidente eleito que havia sido retirada foi exibida.
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 Quando de sua inauguração há um mês a performance já havia tido problemas com a direção da Casa França Brasil.Para o Governo Estadual houve um descumprimento de cláusulas contratuais que não previam a performance. Para o governador Witzel não houve cumprimento de contrato pois muitos detalhes não foram apresentados no contrato. A curadoria através de Álvaro Figueiredo desmente a versão. O Coletivo "Es uma Maluca" fez um protesto no final da tarde em frente à Casa França Brasil que ficou fechada e com policiamento reforçado com policiais armados com armas de grosso calibre a alto poder de destruição, como escopetas calibre 12. O protesto fez a performance da mulher com centenas de baratas saindo pelo ralo em uma dura crítica à tortura durante os anos de chumbo, baseado no conto "Barataria" de Rodrigo Santos.
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Para membros do coletivo o que aconteceu foi um ato de censura, que não deveria ter  acontecido, pois é uma violação da liberdade de expressão, uma das cláusulas de nossa Constituição. O aparato policial não interferiu, nem usou de violência. Segundo o comandante responsável pela ação "Foi somente um protesto pacífico".

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