DOIS ANOS SEM DIEGO MARADONA, O DEUS DO FUTEBOL

 

SELEÇÃO ARGENTINA DEDICA VITÓRIA NA COPA A DIEGO MARADONA

MULTIDÕES SAIAM ÀS RUAS DE BUENOS AIRES E NÁPOLES PARA CHORAR O DEUS DOS ESTÁDIOS, DIEGO ARMANDO MARADONA

O mundo chora a perda de um gênio do futebol, em Buenos Aires e Nápoles multidões saem às ruas para prantear seu ídolo

"O mais humano de todos os deuses", escreveu Eduardo Galeano

Há dois anos uma comoção na Argentina e do outro lado do mundo, no sul da Itália, na Bela Nápoles. O menino pobre nascido e criado em uma das regiões mais pobres da Argentina, a Villa Fiorito que aprimorou seus dribles inigualáveis com  os pés descalços a "pelota de trapo" em uma  improvisada bola de meia que desde cedo dominava como ninguém. O menino pobre se tornaria o melhor de todos, o deus do futebol 

Diego Armando Maradona morre aos 60 anos, deixando o Mundo do Futebol ainda mais triste em um ano em que o esporte das multidões se vê obrigado a disputar suas partidas sem público, sem a multidão de apaixonados a gritar e a chorar pelos seus ídolos. Seu coração não resistiu a tantas emoções em uma vida intensa, onde teve as maiores glórias como em sua temporada no Nápoles e principalmente pela vitória da seleção argentina em 1986, onde Don Diego ganhou a Copa, pode-se dizer quase sozinho, mas com a ajuda da mão de Deus. Maradona idolatrava a bola, e a bola correspondia a essa imensa paixão e ficava como que presa, fascinada pelas chuteiras do gênio. Tive a felicidade de me deliciar com suas jogadas inigualáveis e registrá-las em minha possante Nikon, tanto na Copa América em 1989 em pleno Maracanã, quanto na Copa da Itália em Torino no "Stadio Delle Alpi" naquele dia de São João em que Dieguito depois de passar pela nossa defesa, mesmo caído, deixa Caniggia na cara do gol, para eliminar a  seleção brasileira. O destino quis que Maradona fosse o algoz da seleção italiana em Nápoles e torcem pela Argentina de Maradona.  O drama portenho se estende ao sul da Itália, os napolitanos esquecem a nacionalidade e torcem pelo rival. Don Diego foi maior que o amor à Squadra Azurra. 

Em 1989 na Copa América jogo Argentina x Uruguai, Maradona estava contundido, a se poupar nitidamente, mas gênio da bola é imprevisível, do meio do campo ele vê o goleiro uruguaio adiantado, ajeita a bola e calculadamente encobre o goleiro. Mas, por capricho dos deuses do futebol ela explode no travessão. O Maracanã em peso passa a aplaudir.

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O menino pobre criado na Villa Fiorito na periferia de Buenos Aires viveu entre a idolatria de seus fãs, que o veneravam como um deus, ao criarem uma igreja para adorá-lo até à execração de 1994, onde foi julgado e eliminado da Copa 1994, pego em exame antidoping por uso de cocaína. Maradona começou no Argentino Juniors, se consagrou no Boca Junior, e pode-se dizer era a Argentina no futebol, um tango triste ao estilo Carlos Gardel, um Deus com todas as qualidades e também com os imensos defeitos que um ser humano pode ter, que levou seus compatriotas ao delírio ao derrotar a poderosa Inglaterra com suas jogadas sensacionais. A Itália também adotou a magia do pibe argentino que transformou o modesto Napoli em um campeão imbatível. O povo da bela Nápoles idolatra Maradona que conseguiu derrubar os poderosos Milan, Roma e Juventus. Um ser humano completo, complexo e imprevisível, que depois de um tratamento médico em Havana passou a ter uma profunda amizade com Fidel Castro a quem tratava como Pai. Diego Armando Maradona, a Mano di Dios ficará para sempre em nossa memória com sua personagem fascinante. Morreu em um dia 25 do mês de novembro do ano 2020.  Viva Don Diego Maradona. 

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