RIO DE JANEIRO CIDADE ABANDONADA ESPERA QUE PROMESSAS SEJAM CUMPRIDAS

 
PREFEITO EDUARDO PAES PROMETE POR MÃOS À OBRA
 CENTRO DA CIDADE COMPLETAMENTE ABANDONADO
MONUMENTOS BELÍSSIMOS PRECISAM SER RESTAURADOS
"A cidade é um organismo vivo, de alta complexidade, cujos elementos estruturantes tais como a mobilidade, a moradia, a infraestrutura, o saneamento são interdependentes e precisam ser tratados em conjunto". 
              Sérgio Magalhães.
"Do jeito que está só o nosso padroeiro São Sebastião pode salvar essa cidade", foi a frase dita por uma carioca de 87 anos, que resume bem a situação caótica em que se encontra a "Cidade Maravilhosa".  O prefeito Eduardo Paes prometeu revitalizar o Centro,  transformá-lo em um local atrativo, mas está de novo comprometido com a especulação imobiliária. Completamente abandonada se encontra a cidade, que ficou ao Deus dará na gestão caótica do "bispo" da IURD, que fez uma administração desastrosa preocupado apenas com uma hipotética conversão para a sua igreja. 
museu do amanhã photo by alcyr cavalcanti
O Museu do Amanhã  uma joia da Arquitetura, tem sempre intensa programação que atrai milhares de pessoas.

O Rio de Janeiro sediou o 27o Congresso Mundial de Arquitetos de 18 a 22 de Julho em 2021 e teve sua cerimônia de abertura no domingo 18 de julho às 8,30 h com a presença do governador Claudio Castro, do prefeito Eduardo Paes O evento que esperava mais de 15 mil profissionais de todo o mundo seria em 2020, mas devido à Pandemia do Covid-19 teve de ser adiado e terá de ser basicamente à distância, de modo virtual. Algumas poucas atividades de modo presencial  estão sendo reiniciadas, mas com público reduzido e obedecendo rígidos preceitos sanitários. A Sociedade Fluminense de Fotografia na Rua Dr.. Celestino 115 no  Centro/de Niterói  reiniciou algumas de suas atividades e reabriu, conforme as regras sanitárias a Galeria Octávio do Prado, para a exposição "Rocinha, contrastes e confrontos em uma favela carioca" com imagens de Alcyr Cavalcanti efetuadas desde 1987. 
A vernissage aconteceu no dia 08 de julho às 17h e vai ficar até 15 de agosto com fotografias que procuram mostrar o dia a dia dos moradores da "Maior favela da América do Sul" entre casebres inacabados sem a mínima condição de higiene, a prédios de oito andares e um intenso comércio, onde se encontra de tudo, para todos os gostos. A Rocinha é uma favela paradigmática, situada entre dois "bairros nobres" Gávea e São Conrado, sem ter limites geográficos nítidos com nenhum dos dois, onde vivem mais de 150 mil habitantes em seus dezoito sub bairros, em uma área relativamente pequena. A maior parte dos moradores é de migrantes vindos do Nordeste que trabalham no setor de serviços.
arco de Niemayer photo alcyr cavalcanti all rights reserved

O Rio é uma cidade privilegiado pela natureza, situado entre as montanhas e a Baia de Guanabara que atrai pessoas de todo o planeta, maravilhados com o visual esplendoroso.. Ao mesmo tempo anos e anos de descaso pelos poderes públicos tornaram a "Cidade Maravilhosa" em um inferno urbano, mergulhada na violência, em um trânsito caótico e uma enorme população que vive ao Deus dará, sem um mínimo planejamento urbano. Mais de dois milhões de pessoas vivem em habitações precárias, distribuídas em mais de mil favelas espalhadas em todos os bairros da cidade. Muitas obras foram prometidas desde o primeiro assentamento no Centro da Cidade, no Morro da Providência em 1898, quase nada foi cumprido. Atualmente os moradores esperam as obras prometidas pelo Programa Comunidade Cidade, promessa do governador Wilson Witzel, que inicialmente começariam na Rocinha, Alemão e Maré, mas Witzel foi cassado, a verba de R$ 2 milhões não se sabe para onde foi, e ninguém sabe quando e se algum dia terá seu início.


Há alguns anos atrás foi prometida uma série de obras na Rocinha e em outras favelas da cidade. pelo Programa de Aceleração do Crescimento-PAC, pouca coisa foi feita, a maior parte não saiu do papel. Os teleféricos do Morro do Alemão e do Morro da Providência que seriam uma atração turística funcionaram alguns meses, estão parados para tristeza dos moradores. O plano inclinado da Rocinha, que veio em lugar do teleférico mal teve seu  início foi paralisado, ninguém fala mais nisso. O gênio de Oscar Niemayer projetou uma passarela em forma de arco para unir a favela ao asfalto. A passarela é altamente simbólica, almeja principalmente uma união de esforços de todas as classes e frações de classe em torno de um bem comum. Infelizmente muitas autoridades não perceberam o simbolismo e agem com preconceito em relação aos habitantes das localidades.  A urbanização das favelas e o saneamento para evitar doenças há muito erradicadas, mas que voltaram a atormentar os cariocas são proteladas e prometidas ás vésperas de cada eleição, mas o que vemos é um aumento cada vez maior da repressão policial, que atinge principalmente as favelas e periferias sem nenhum resultado prático. A violência tem aumentado e o número de mortos durante as invasões policias tem sido assustador em uma política de segurança totalmente equivocada onde inocentes são abatidos sem clemência. 

Devido a uma imensa população e sem um planejamento habitacional, com um transito caótico a cidade foi transformada em um inferno urbano, com transporte deficiente, o que dificulta o dia a dia de milhões de pessoas que lutam para se locomover e perdem horas e horas dentro da malha viária extremamente precária. Empresas que exploram o transporte coletivo alegam prejuízo e colocam poucos ônibus nas ruas, de madrugada o transporte inexiste. Devido ao aumento de desempregados o número de desabrigados tem aumentado a cada dia, muitos não resistem ao frio intenso no inverno carioca, que tem tido  madrugadas geladas com menos de 12 graus.  Dentro desse quadro caótico, os moradores da cidade  lutam contra tudo e contra todos para sobreviver,  na localidade que já foi maravilhosa, à espera de dias melhores que hão de vir. 

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