"GUERRA DO JOGO DO BICHO" CAPITÃO GUIMARÃES PRESO MAIS UMA VEZ

atualizado em 04/09/2023

"CAPO DA CONTRAVENÇÃO" CAPITÃO GUIMARÃES É PRESO 

POLICIAIS MILITARES TRABALHAVAM PARA GUIMARÃES 

ADILSINHO É ACUSADO DAS MORTES DE MARQUINHOS CATIRI E DE SANDRINHO

Ailton Guimarães Jorge o "Capitão Guimarães" um dos "capos da contravenção", ex-presidente da E.S. Vila Isabel  e um dos fundadores da LIESA está em prisão domiciliar devido à sua idade avançada, sob acusação de ser mandante de uma série de crimes ligados ao jogo do bicho. Seis policiais militares trabalhavam para o capitão, uns como seguranças, outros recolhendo o dinheiro que era levado para um lugar fortemente protegido em Niterói pelos membros da quadrilha.

  Adilson Oliveira Filho "Adilsinho" é procurado pela policia sob e a suspeita de ter mandado matar milicianos da guarda de Bernardo Bello. Adilsinho deu uma festança no Copacabana Palace em maio de 2021 para mais de 50 convidados. Não foi encontrado em sua cobertura na Barra da Tijuca e é considerado foragido sob a acusação de ser o mandante da morte do miliciano "Marquinhos Catiri". Um dos chefes do jogo do bicho Bernardo Bello é procurado pelo Ministério Público e pela Policia Civil do RJ por envolvimento com assassinato do advogado Celso Daniel, em 1922 em Niterói. Três pessoas que estariam envolvidas foram presas em 27 de julho de 2023. 

O contraventor Luís Cabral Waddington gerente de mais de 40 pontos de jogo do bicho resolveu fazer   graves acusações contra o contraventor Adilson Oliveira Filho, o Adilsinho que controla os pontos em Caxias e parte da Baixada Fluminense após seu filho ter sido metralhado perto do Sambódromo. Em depoimento na delegacia da Cidade Nova afirmou que existe um grupo formado por Adilson, Rogério Andrade, herdeiro da herança do capo de tutti capi   Castor de Andrade e do filho do Luizinho Vinicius Drummond, todos ligados ao "mundo do samba". Os três tem um plano para tomar os pontos de Bernardo Bello, que foi presidente da E.S. Vila Isabel e se encontra foragido.  

Otto Samuel D'Onofre expulso da PM de São Paulo em 2021 por ter sido acusado de ser o matador do contraventor Fernando Iggnácio, em novembro de 2020, foi preso no Paraná. Fernando foi executado ao sair de seu helicóptero no Recreio dos Bandeirantes vindo de Angra dos Reis. Fernando estava no centro de uma disputa pelo espólio do capo da contravenção Castor de Andrade e era desafeto  de Rogério Andrade, sobrinho de Castor

Dois membros da cúpula da contravenção estão sob a mira da justiça, em prisão domiciliar. Capitão Guimaães e Rogério, sobrinho do capo Castor de Andrade estão sendo controlados pelo Ministério Público. O contraventor Rogério Andrade foi solto em virtude de um alvará concedido pelo judiciário em virtude de Habeas Corpus. Ele fica em prisão domiciliar e terá de usar tornozeleira eletrônica .A justiça mandou bloquear os bens do contraventor avaliados em mais de R$ 42 milhões, entre eles lanchas de luxo, automóveis e obras de arte em seu apartamento na Barra e em seu restaurante Gajos de Ouro na Rua Aníbal de Mendonça em Ipanema.

O capitão Ailton Guimarães está em prisão domiciliar por decisão do desembargador Heleno Pereira Nunes. Saiu de Presídio em Benfica em virtude de um Habeas Corpus impetrado por seu advogado por ter graves problemas de saúde em virtude de um câncer e de sua idade, 81 anos.  Um dos "capos" da contravenção Ailton Guimarães Jorge ex-presidente da Vila Isabel e um dos fundadores da LIESA/ Liga das Escolas de Samba foi preso em uma ação conjunta da Policia Federal e do Ministério Público acusado de ser o mandante de um pastor evangélico. O crime ocorreu em julho de 2020 em que  o pastor Fabio Sardinha foi assassinado a tiros em um posto de gasolina em São Gonçalo. O detetive Alzino Carvalho de Souza amigo de Guimarães está foragido e sendo caçado pelo MP. O pastor Sardinha teria desviado dinheiro da quadrilha que explora os jogos em Niterói, São Gonçalo e parte do Rio de Janeiro que estaria sob as ordens de Guimarães. O curioso é que tanto Guimarães, quanto Bernardo Bello, quanto Moisés são ligados à Escola de Samba Vila Isabel.

O Ministério Público realizou a "Operação Fim da Linha" que tinha como objetivo principal a prisão de Bernardo Bello ex-presidente da E.S. Vila Isabel, acusado de ser um dos chefes do crime organizado além de outras 25 pessoas envolvidas. Cinquenta  e sete mandados de busca e apreensão contra pessoas envolvidas com organizações criminosas na prática de corrupção e lavagem de dinheiro obtidos pela exploração de jogos clandestinos e máquinas caça-níqueis. Vários policiais  estariam envolvidos, inclusive oficiais da PM como o major Rômulo Oliveira e o coronel Rogério Figueiredo, ex-secretário da Policia Militar. Há meses atrás Bernardo foi preso em Bogotá, quando chegava dos Emirados Árabes. Pairava sobre ele a acusação de ser o mandante da execução de Alcebíades Paes Garcia, o Bid, durante o Carnaval 2020 pela disputa do espólio de Maninho, irmão de Bid. Todos pertenciam ao Clã Paes Garcia, cujo chefão Miro presidente do Salgueiro, deixou uma preciosa herança. Bello foi casado com uma das filhas de Maninho, Tamara, mas depois passou a lutar pelo domínio da exploração dos jogos e principalmente das máquinas caça níqueis. 

Bernardo Bello/ facebook  ES Vila Isabel

A matança pelo controle das máquinas caça-níqueis continua.  Desta vez foi o ex-presidente da Escola de Samba Vila Isabel, o sargento reformado do Exército Wilson Vieira, conhecido como Moisés assassinado a tiros na Avenida das Américas na Barra da Tijuca quando com a sua mulher Shayene Cesário se dirigia para a Quadra da Portela, onde sua esposa, musa da escola, seria homenageada. Moisés foi para o mundo do samba levado pelo capitão Ailton Guimarães, um dos chefes da contravenção e um dos fundadores da LIESA. Capitão Guimarães conheceu Moisés na Brigada de Infantaria Paraquedista e se tornaram amigos. Em sua breve gestão na ES Vila Isabel, foi campeão do desfile de 2006 com o enredo "Soy Loco por ti America" com patrocínio milionário da PDVSA, a companhia petrolífera venezuelana. 

foto Daniel Pinheiro-divulgação

Em 2010 foi alvo de investigações da Policia Federal na máfia que explorava os caça níqueis em Niterói e São Gonçalo e em novembro de 2011 foi condenado a 23 anos de prisão por contrabando, corrupção e formação de quadrilha pela 4a Vara Federal de Niterói. Havia uma disputa pelo domínio das máquinas com Marco Antônio Lira presidente da Escola de Samba Unidos do Viradouro.. Marco Antônio ex-policial civil foi condenado em outubro de 2016 a 23 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de um subtenente da policia militar . Havia sido preso anteriormente por outros motivos, mas foi logo inocentado.  


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