CORRIDA ELEITORAL PARA O PLANALTO: BOLSONARO VENCEU

 BOLSONARO DIPLOMADO NO DIA 10 DE DEZEMBRO  EM BRASÍLIA
COLOMBIANO RICARDO VELEZ É O MINISTRO DA EDUCAÇÃO
SERGIO MORO VEM AO RIO PARA UM ENCONTRO COM NOVO PRESIDENTE
A não ser que nos salvemos, dando-nos as mãos agora, eles nos submeterão à República.
Para que tudo fique como está é necessário que tudo mude. 
       Tomasi di Lampedusa 

O presidente eleito Jair Bolsonaro foi diplomado juntamente com seu vice Hamilton Mourão no dia 10/12 em Brasília. O novo presidente passou mal na sexta dia 07 de dezembro pela manhã e cancelou compromissos. Médicos recomendaram repouso absoluto em casa para se recuperar, poder viajar e ser diplomado segunda dia 10 de dezembro em Brasília. 
está escolhendo seus ministros para o futuro, governo, o Juiz Sergio Moro vai ser o super ministro da Justiça. Em decisão que deve causar muita polêmica o presidente eleito indicou o colombiano Ricardo Velez Rodriguez para a pasta da Educação. A indicação foi feita por Olavo de Carvalho após o nome do diretor do Instituto Ayrton Senna ter sido desaconselhado pela bancada evangélica.  O Juiz Sergio Moro veio à residência do novo presidente Jair Bolsonaro na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, e confirmou  a participação em seu futuro governo .que poderá ser na Pasta da Justiça ou futuramente no Supremo Tribunal Federal-STF. 
Na confusão total em que se encontra o país, Jair Bolsonaro venceu por larga margem uma eleição atípica .  Depois de um período desastroso de Michel Temer a população pede apenas Paz e harmonia e a queda do desemprego.  Há dias atrás o candidato favorito nas pesquisas defendeu novamente o coronel Brilhante Ustra do DOI-CODI que foi acusado por ter participado de sessões de tortura durante os anos 70/80. As denúncias contra o coronel Ustra começaram a aparecer quando a atriz Bete Mendes o reconheceu em uma cerimônia e acusou-o de comandar torturas contra ela e outros presos políticos que vieram a falecer. Várias acusações contra Ustra apareceram posteriormente. 
 Em um vídeo  o filho de Jair Bolsonaro,  Eduardo Bolsonaro eleito deputado federal afirma que "Basta um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal Federal-STF", declaração que causou um tremendo mal estar em Brasília e deixou o STF e o Tribunal Eleitoral sem saber o que fazer. O ministro do Supremo Celso de Mello rebateu e chamou o deputado recém eleito de "golpista inconsequente".   Horas depois o deputado se retratou, mas vários juízes pedem uma punição severa. Dias antes  a Folha SP publicou matéria em que empresários distribuíram U$ dólares a granel para a disseminação de notícias falsas contra Fernando Haddad em benefício de Bolsonaro e além disso não declararam ao TSE a vultuosa quantia de milhões o que configura uma imensa Caixa 2. Cabe ao Tribunal Eleitoral-TSE apurar com urgência e punir os responsáveis, o que atingiria em cheio o candidato do PSL que lidera as pesquisas e poderia anular as eleições, o que seria mais uma tragédia. 
 Cid Gomes-PDT que já foi ministro de Dilma fez acusações ao PT o que causou muito desconforto e logo colocado no horário eleitoral beneficiando Bolsonaro que tem larga vantagem sobre Haddad. Os irmãos Gomes são conhecidos pelo descontrole emocional e declarações inoportunas o que na maioria das vezes prejudica a todos e causa descrédito na população. 
Com apuração concluída em todo país Bolsonaro lidera em vários estados seguido por Fernando Haddad e Ciro Gomes. O primeiro turno ficou definido com Jair Bolsonaro-PSL 46% e Fernando Haddad 29%. Ciro Gomes-PDT teve expressiva votação 11% e terá papel decisivo em um eventual apoio no segundo turno. Marcelo Freixo-PSOL  foi eleito deputado federal com mais de 300 mil votos e terá de ter como antagonista a figura exótica do ator pornô Alexandre Frota eleito com apoio de Bolsonaro. Algumas figuras exóticas resolveram ingressar na política como a advogada Janaína Pascoal que ficou conhecida pelas explosões de caras e bocas durante o impeachment de Dilma Roussef.  Agora vai ser tudo decidido no segundo turno dia 28 de outubro.  
Na última semana a corrida eleitoral à caça de votos vai tomando forma. Jair Bolsonaro-PSL lidera com 38% dos votos, seguido de Fernando Haddad-PT, candidato na ausência de Lula, impedido de concorrer. Haddad foi quem teve maior crescimento, visto que foi o último a ser inscrito e chega a 24% e se distancia de Ciro Gomes-PDT com 11%. Há pouco mais de nove dias, o debate vai esquentar, Jair Bolsonaro em entrevista à  Bandeirantes declarou que não aceita nenhum resultado em que não seja ele o eleito à presidência, mas depois mudou o discurso.  
 A violência extremada atingiu a campanha eleitoral. Durante uma caminhada em Juiz de Fora o candidato do PSL Jair Bolsonaro, que está em primeiro nas pesquisas sem Lula, foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira e teve ferimentos profundos no intestino. Bolsonaro está hospitalizado e seu estado embora grave está sendo controlado por uma junta médica. A justiça eleitoral após várias negativas aos pedidos dos advogados de Lula deu prazo ao PT para que formalize o nome de Fernando Haddad até o dia 11 de setembro, o que foi feito. A chapa registrada foi Fernando Haddad/Manuela d' Ávila 
Começou a corrida eleitoral para escolher o próximo presidente da república nas eleições  que se avizinham. O Tribunal Superior Eleitoral-TSE barrou a candidatura do ex-presidente Lula com base na Lei da Ficha Limpa por seis votos a um. O PT já tem a chapa alternativa Haddad/Manuela, mas fica uma incógnita a transferência de votos de Lula para a nova chapa. 
Na quarta feira dia 15/08 termina o prazo para o registro de candidaturas, a campanha nas ruas já poderá ser feita no dia seguinte e o horário gratuito no rádio e na televisão a partir do dia 31 de agosto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mesmo sem poder fazer campanha, nem dar entrevistas condenado e confinado em presídio no Paraná continua a liderar todas as pesquisas. O debate na TV Bandeirantes deu o pontapé inicial, oito candidatos debateram  na TV  na quinta 09/08 às 22 h. Geraldo Alckmin, Cabo Dacciolo, Marina Silva, Guilherme Boulos, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Álvaro Dias e Henrique Meirelles comparecem enquanto o líder das pesquisas, o ex-presidente Lula, vai tentar participar por vídeo conferência. 
Os partidos definiram suas candidaturas nas convenções realizadas no final de semana, à exceção de Jair Bolsonaro (PSL) e Guilherme Boulos (PSOL) que já foram escolhidos há mais de uma semana. Políticos tradicionais são a maioria como Geraldo Alckmin (PSDB) governador licenciado de São Paulo apoiado por uma coligação de vários partidos, Marina Silva (REDE), Álvaro Dias (PODEMOS) e Ciro Gomes (PDT). 
Eleições photo Alcyr Cavalcanti all rights reserved

O Partido dos Trabalhadores-PT confirmou no dia 04/08 a candidatura do ex-presidente Lula que na impossibilidade de comparecer  mandou uma carta aos seus correligionários lida pelo ator Sergio Mamberti. Em um dos trechos da carta diz "Agora querem inventar uma democracia sem povo" ao criticar a sua prisão. Sua situação continua indefinida, ele estaria proibido de concorrer pela Lei Eleitoral, mas seus advogados vão recorrer mais uma vez. Em todas as pesquisas de voto Lula continua bem à frente seguido por Bolsonaro, Marina Silva e Ciro Gomes. O candidato do PSDB Geraldo Alckmin acredita que pode ir ao segundo turno se aproveitar bem seu tempo de televisão, quase 15 minutos devido a um amplo "arco de alianças" ultraconservador do chamado Centrão. O candidato palaciano Henrique Meirelles não sai do zero, e não consegue descolar seu nome do governo Temer, o mais impopular de todos os tempos. A grande dificuldade para qualquer um que venha a se eleger será dar trabalho aos mais de 15 milhões de desempregados e outros mais 20 milhões de sub empregados se o país continuar submisso às imposições da agiotagem internacional que querem empurrar as reformas à toda a população sem um amplo debate e pilhar nossas inúmeras reservas a pretexto de uma suposta modernização.
 Os debates nas emissoras de TV vão começar e podem motivar o eleitorado que por enquanto tem uma grande proporção de pessoas totalmente descrentes do sistema atual, um sistema baseado em uma fictícia reforma partidária que foi feita para nada mudar.  O número de indecisos e  aqueles que pregam abstenção e voto nulo é ainda muito grande, está acima de 35%. A cultura do descrédito predomina, para esse enorme contingente nenhum deles é digno de assumir a presidência. 

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