QUEM MANDOU MATAR MARIELLE ? VERSÕES NÃO CONVENCEM

 
atualizado em 25/01/2024
BRAZÃO TERIA SIDO O MANDANTE, MAS  A DÚVIDA PERMANECE
IRMÃ DE MARIELLE, ANIELLE FRANCO TOMA POSSE NO MINISTÉRIO DA IGUALDADE RACIAL
JÁ SE PASSARAM QUASE CINCO ANOS,  A EXECUÇÃO  AINDA ESTÁ SEM RESPOSTA  

 Depois de mais de cinco anos o mistério parece que vai ser desvendado. Domingos Brazão conselheiro do Tribunal de Contas é novamente  acusado de ser o mandante do crime, mas faltam provas mais substanciais, ficam indícios e acusações do executor, Ronnie Lessa. 
O ex-ministro da justiça Flávio Dino  havia designado a Policia Federal para auxiliar na investigação da organização criminosa responsável pelo assassinato da vereadora e do motorista há quase cinco anos atrás. Todos querem saber quem foram os os mandantes. Flávio Dino afirmou que não é uma federalização, mas a PF vai colaborar na investigação. O ex-PM Élcio Queiróz  resolveu fazer delação premiada e parece que policia afinal vai chegar ao mandante e qual foi a motivação do crime. 
  A irmã de Marielle Anielle Franco tomou posse como ministro da Igualdade Racial e uma de suas iniciativas vai ser a proteção de populações marginalizadas, em especial deter a execução de jovens negros  moradores em favelas e periferias. O Caso Marielle enfim, depois de  quatro anos e nove meses pode ser desvendado e poderemos saber Quem mandou Matar Marielle.
Uma densa e conexa rede de relacionamentos entre milicianos e o poder pode desvelar os motivos que levaram ao assassinato de Marielle e seu motorista Anderson.  Depois de mais de mil dias a execução de Marielle ainda está sem resposta.  Um dos suspeitas de envolvimento o ex-capitão do BOPE Adriano da Nóbrega, também conhecido como "Urso Polar", por suas habilidades marciais e seu porte físico foi morto em tiroteio em um sítio na Zona Rural da Bahia onde estava foragido. Havia sido localizado em uma casa na Costa de Sauípe no litoral baiano, era acusado de chefiar a milicia em Rio das Pedras e foi investigado por suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco
estátua em homenagem à marielle

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 Segundo o secretário de segurança da Bahia, Maurício Barbosa ele teria reagido e por isso foi atingido mortalmente. Em 2005 recebeu a Medalha Tiradentes na ALERJ por indicação de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual. Adriano já havia relatado a seu advogado Catta Pretta que temia ser executado como "queima de arquivo".
ex-capitão do BOPE Adriano da Nóbrega

As investigações sobre a rede de relações dos executores do duplo atentado continuam e sempre chegam ao condomínio Vivendas da Barra na avenida Lúcio Costa, onde tem residência o presidente Jair Bolsonaro e um de seus filhos. Um dos executores o ex-PM Élcio Queiroz, no dia do crime, entrou no condomínio e disse que ia visitar o morador Jair Bolsonaro, mas foi apenas um pretexto para se encontrar com Ronnie Lessa para daí partirem para o atentado que vitimou Marielle e seu motorista Anderson na fatídica noite.
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Há pouco mais dois anos, no início da noite de 14 de março de 2018  na Rua João Paulo no bairro do Estácio, próximo à Estação do Metro de mesmo nome, em frente a uma instituição que abriga menores, a vereadora Marielle  Franco e seu motorista Anderson Gomes foram barbaramente executados por um matador profissional que seguia seus passos há algum tempo, desde novembro de 2017.  Ela havia saído de uma palestra na Casa das Pretas no Centro do Rio e seria homenageada dias depois na ALERJ durante as comemorações do Mês da Mulher.
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Mulher voluntariosa, de pele negra oriunda da Favela da Maré fez seus estudos desde o ensino fundamental até seu mestrado na UFF com muito sacrifício, o que viria a influenciar na sua luta em prol da defesa incondicional dos Direitos Humanos, em especial dos desprotegidos. Durante um tempo destacou-se nesta luta, às vezes inglória, na ALERJ no gabinete do deputado Marcelo Freixo do PSOL.
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Inúmeras hipóteses foram levantadas, em uma época em que se tenta obscurecer a luta pelos direitos de todos os seres humanos com um sofístico jogo de palavras e um slogan que prega a barbárie, Marielle criou uma série de inimigos. Mas uma coisa ficou clara, foi um crime de fundo político, principalmente depois do crescimento de uma direita raivosa e desconexa que prega a destruição e execuções sumárias em nome de uma falsa moral com teorias estapafúrdias que podem levar a um retorno à barbárie. 
Um ano depois de muitas contramarchas são apresentados dois pistoleiros acusados de executar a vereadora e seu motorista, todos dois ligados às milícias, organizações para militares formadas basicamente por ex-policiais, ex-militares e mesmo por policiais e militares que ainda estão na atividade legal de proteger a sociedade. Os prováveis assassinos o sargento PM reformado Ronnie Lessa e o PM expulso da corporação Élcio Vieira de Queiroz tem rede de relações de uma ou outra forma com membros da família Bolsonaro e de seu partido o PSL. Ronnie mora em uma casa muito confortável no mesmo condomínio do presidente Bolsonaro na Barra da Tijuca, embora seu salário de reformado da PM não seja compatível com tanto luxo. Ambos também são ligados à contravenção, aos jogos proibidos e ao banqueiro de bicho Rogério Andrade, herdeiro do espólio de Castor de Andrade. Em função dessa ligação Ronnie Lessa foi atingido por um artefato explosivo que atingiu sua perna, sendo reformado por invalidez. Mas mesmo assim continuou a ser um exímio atirador e a sempre exercer sua atividade.
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Um ano depois de muitas investigações, muito sigilo e  muitas dúvidas que motivaram desde os primeiros dias comentários nada favoráveis à condução das investigações por parte de organismos internacionais, inclusive da Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos-OEA, do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas-ONU que considerou inadmissível a lentidão do andamento das investigações o caso parecia estar a ser solucionado. O delegado  Giniton Lages da Delegacia de Homícídios  na véspera de completar um ano e de um relatório de mais de 5.700 páginas declarou como executor o sargento PM Ronnie Lessa em uma viatura conduzida pelo seu comparsa o PM expulso da corporação Élcio Queiroz. No dia seguinte à prisão dos dois prováveis assassinos e a uma árdua explicação à sociedade, o delegado foi afastado do caso e transferido para a Itália. Mas a pergunta continua e a sociedade exige uma explicação, "Quem mandou matar Marielle, e por qual motivo"?.

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